Mestrados da FGV EBAPE capacitam egressos a gerarem estudos de alta relevância para as organizações

seg, 18/02/2019
Português, Brasil

Os programas acadêmicos da FGV EBAPE primam pela formação de excelência de profissionais altamente capacitados para produzir conhecimento de ponta. Muitos destes contribuem para o desenvolvimento e a reavaliação das práticas e da realidade corporativas, principalmente num cenário de muitas mudanças socioeconômicas e políticas no país.

 

Um desses trabalhos foi o produzido pelo egresso do Mestrado Profissional em Administração Pública da FGV EBAPE, Rodrigo Ferreira intitulado "Fábricas de dinheiro: fatores determinantes para o controle estatal ou privado dos meios de produção de cédulas e moedas", recentemente citado em matéria no jornal Valor Econômico como referência em conteúdo para especialistas e estudiosos da área.

 

Em entrevista à Rede Alumni, Rodrigo ressalta que “talvez a principal contribuição do trabalho tenha sido a de gerar um volume significativo de informações estruturadas acerca do mercado global de cédulas e moedas, das tendências de uso do dinheiro e dos motivos que levam os Estados a optarem pela produção estatal ou privada de numerário”.

 

 As informações geradas são especialmente úteis neste momento em que se rediscute, no Brasil, o tamanho e o papel do Estado. O estudo abrangeu questionários enviados a dezenove bancos centrais, dos quais onze responderam, além da análise dos relatórios anuais dos principais agentes do setor nos últimos cinco anos. Os dezenove países-alvo foram selecionados a partir dos critérios de PIB e população (variáveis que influenciam a demanda de dinheiro), mantendo o Brasil no ponto intermediário em cada ranking: foram selecionados os dez maiores países por população e os quinze maiores por PIB.

 

De acordo com o egresso, “a pesquisa demonstra que o controle estatal ou privado dos meios de produção não é explicado pelo grau de liberdade econômica dos países ou pelos ciclos de nacionalização e desestatização, mas pela demanda de numerário dos países associada às limitações dos mercados comerciais. Países de baixa demanda normalmente importam cédulas e moedas, porque o volume de emissão anual não justifica a criação de fábricas próprias e os riscos da transferência ao setor comercial são baixos: o fator determinante da produção comercial é a eficiência. Já países de demanda elevada, mesmo os maiores em liberdade econômica, como EUA e Japão, mantêm o controle estatal da produção de forma a garantir a emissão de dinheiro independentemente de limitações do mercado comercial ou de qualquer resistência de agentes hostis: o fator determinante é a soberania monetária (a capacidade de emitir dinheiro independentemente de resistências internas ou externas). O Brasil é um grande emissor de dinheiro, o que sugere, pelo estudo comparado, o acerto do controle estatal e da autossuficiência para a produção interna”.

 

Ao destacar a importância do mestrado para sua carreira, Rodrigo ressalta que a articulação entre a experiência prática e a acadêmica, viabilizada em programas como o MEX e o MAP, trouxeram um potencial de inovação e de impacto nas organizações que a atuação profissional ou acadêmica, isoladamente, não oferecia na mesma intensidade. “O relacionamento com professores e colegas de turma geram uma rede de contatos e oportunidades que transcendem ao próprio programa de mestrado. “Para mim, o MAP foi uma experiência fantástica, cujos resultados poderei colher para o resto da vida”, completou o egresso. 

 

Para obter mais informações sobre o estudo, acesse http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/25842