Mestrados da FGV EBAPE capacitam egressos a gerarem estudos de alta relevância para as organizações
Os programas acadêmicos da FGV EBAPE primam pela formação de excelência de profissionais altamente capacitados para produzir conhecimento de ponta. Muitos destes contribuem para o desenvolvimento e a reavaliação das práticas e da realidade corporativas, principalmente num cenário de muitas mudanças socioeconômicas e políticas no país.
Um desses trabalhos foi o produzido pelo egresso do Mestrado Profissional em Administração Pública da FGV EBAPE, Rodrigo Ferreira intitulado "Fábricas de dinheiro: fatores determinantes para o controle estatal ou privado dos meios de produção de cédulas e moedas", recentemente citado em matéria no jornal Valor Econômico como referência em conteúdo para especialistas e estudiosos da área.
Em entrevista à Rede Alumni, Rodrigo ressalta que “talvez a principal contribuição do trabalho tenha sido a de gerar um volume significativo de informações estruturadas acerca do mercado global de cédulas e moedas, das tendências de uso do dinheiro e dos motivos que levam os Estados a optarem pela produção estatal ou privada de numerário”.
As informações geradas são especialmente úteis neste momento em que se rediscute, no Brasil, o tamanho e o papel do Estado. O estudo abrangeu questionários enviados a dezenove bancos centrais, dos quais onze responderam, além da análise dos relatórios anuais dos principais agentes do setor nos últimos cinco anos. Os dezenove países-alvo foram selecionados a partir dos critérios de PIB e população (variáveis que influenciam a demanda de dinheiro), mantendo o Brasil no ponto intermediário em cada ranking: foram selecionados os dez maiores países por população e os quinze maiores por PIB.
De acordo com o egresso, “a pesquisa demonstra que o controle estatal ou privado dos meios de produção não é explicado pelo grau de liberdade econômica dos países ou pelos ciclos de nacionalização e desestatização, mas pela demanda de numerário dos países associada às limitações dos mercados comerciais. Países de baixa demanda normalmente importam cédulas e moedas, porque o volume de emissão anual não justifica a criação de fábricas próprias e os riscos da transferência ao setor comercial são baixos: o fator determinante da produção comercial é a eficiência. Já países de demanda elevada, mesmo os maiores em liberdade econômica, como EUA e Japão, mantêm o controle estatal da produção de forma a garantir a emissão de dinheiro independentemente de limitações do mercado comercial ou de qualquer resistência de agentes hostis: o fator determinante é a soberania monetária (a capacidade de emitir dinheiro independentemente de resistências internas ou externas). O Brasil é um grande emissor de dinheiro, o que sugere, pelo estudo comparado, o acerto do controle estatal e da autossuficiência para a produção interna”.
Ao destacar a importância do mestrado para sua carreira, Rodrigo ressalta que a articulação entre a experiência prática e a acadêmica, viabilizada em programas como o MEX e o MAP, trouxeram um potencial de inovação e de impacto nas organizações que a atuação profissional ou acadêmica, isoladamente, não oferecia na mesma intensidade. “O relacionamento com professores e colegas de turma geram uma rede de contatos e oportunidades que transcendem ao próprio programa de mestrado. “Para mim, o MAP foi uma experiência fantástica, cujos resultados poderei colher para o resto da vida”, completou o egresso.
Para obter mais informações sobre o estudo, acesse http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/25842