Egressos EBAPE estimulam alunos da graduação a pensar na construção de suas carreiras ainda em sala de aula

seg, 04/12/2017
Português, Brasil

Dicas profissionais, orientações e alinhamento de expectativas foram amplamente debatidos durante o 1º Carreira em Foco – Administração realizado no dia 13 de novembro, no prédio da FGV EBAPE. O evento foi promovido pela Coordenação da Rede Alumni EBAPE em parceria com as Coordenações da Graduação e do Núcleo de Estágios e Desenvolvimento de Carreiras.

 

Na abertura do evento, a coordenadora da graduação Yuna Fontoura reforçou a preocupação que a EBAPE tem em trabalhar questões relacionadas à carreira, desafios de mercado e realidade organizacional, dentro de um cenário de mudanças (inclusão, diversidade, cultura) e ressaltou a importância de pensar como é construir uma carreira nos dias de hoje. Será que devemos aprender para sempre? Como vou me inserir no mercado de trabalho? Qual caminho seguir? Após a faculdade, já devo fazer mestrado?

 

Para ajudar a entender a realidade do mercado e a postura que os alunos devem ter, a coordenadora do Alumni EBAPE Darliny Amorim convidou três egressos para apresentarem possíveis caminhos de carreira, dentro da trajetória que cada um construiu, evidenciando que, mesmo com as dicas, os alunos devem ter sempre em mente que a construção da carreira é pessoal, ou seja, dependerá de quanto cada indivíduo irá se dedicar à conquista do sucesso profissional.

 

Os Alumni EBAPE: Marcela Batista, consultora da Accenture, Felipe Campos, sócio-diretor da Wonderboom, e Raphael Tomé, ex-B2W Digital, atual diretor de operações da Narciso Enxovais destacaram para os mais de 80 alunos de graduação presentes ao evento, como é, na prática, a construção de uma carreira profissional e o empenho e foco que os alunos devem ter, já em sala de aula, para alcançarem suas primeiras posições no mercado de trabalho.

 

A egressa EBAPE Marcela Batista (turma de 2008) destacou que iniciou sua carreira no BNDES estagiando na área de pesquisa de mercado e antes de completar um ano, na companhia, procurou uma nova experiência profissional e, durante suas buscas, conquistou uma vaga de estágio na Accenture e, logo após sua formatura na EBAPE, foi contratada como consultora e já está há quase cinco anos na empresa.  Marcela ressaltou a importância de trabalhar em consultoria, pois foi inserida em áreas distintas que a fizeram evoluir profissionalmente. A alumna destacou a experiência adquirida em projetos realizados junto a OI na área de logística, no Governo do Estado do Rio de Janeiro na área de planejamento e na Algar Telecom, evidenciando que o ritmo corrido, as inúmeras demandas e a vivência com novos desafios ajudaram a construir uma carreira sólida. 

 

Sobre os estudos, Marcela destacou que assim que se formou, fez um MBA em Logística e, agora em 2017, iniciou o Mestrado Executivo em Gestão Empresarial (MEX) na EBAPE.

 

O Egresso EBAPE Raphael Tomé (turma de 2010) destacou que, mesmo antes da faculdade, já estabelecia metas para sua vida e, ao entrar na EBAPE, traçou uma nova meta: A de ser trainee, pois o status da carreira o atraia, uma vez que além de excelente remuneração, as empresas investem no desenvolvimento profissional, capacitando os jovens para tornarem-se executivos. Preparou-se, então, para os processos seletivos construindo o que ele chama de “histórias para contar”: Engajou-se na fundação do Diretório acadêmico (DAC) da EBAPE, participou do começo do ENACTUS (atual FGV Mais), fez intercâmbio em Milão, foi recrutador na Michael Page, trabalhou no Fundo de Investimento Imobiliário e, ao mesmo tempo que estudava 9 disciplinas na EBAPE, preparava o TCC e participava de 9 processos para trainee. Na época, como a pressão era muito grande, pois precisava ir bem na faculdade e nos processos seletivos, Raphael decidiu procurar técnicas de respiração e de meditação, o que contribuiu para que não se sentisse exausto e pudesse tomar as melhores decisões para a sua carreira.

 

Raphael relembra que por uma falha na sua estratégia de apresentação, em uma das etapas para trainee na ALL – América Latina Logística– Empresa que ele mais tinha interesse em trabalhar, em vez de seguir seu planejamento, resolveu inovar, improvisar e não foi aprovado. Raphael passou, então, em dois outros processos seletivos: Nestlé e Riachuelo, optando por esta última, permaneceu por três meses e, em seguida, recebeu convite para trabalhar como Analista na ALL – negociou seu salário e começou a trabalhar na companhia. Seu interesse em crescer era tanto que ele zerou a universidade corporativa da ALL, fazia curso até de maquinista, conheceu muita gente da empresa e definiu uma nova meta, a de ser promovido a coordenador antes da turma de trainee que ele não entrou, para mostrar o quanto a empresa ganhou em ter alguém com o perfil dele no quadro de gestores.

 

Raphael ressalta que os candidatos aos programas de trainee precisam ter um diferencial competitivo em relação aos demais candidatos, pois ter uma boa escola, falar inglês, conhecimento de informática já não é mais suficiente. Um gestor procura um candidato com iniciativa, que já tenha feito diferença em alguma atividade, seja ela acadêmica, voluntária ou qualquer outra, mas que demonstre o potencial em tomar decisões, em agir.

Raphael ressalta que a cada três meses consulta um mentor para avaliar sua carreira. Após a ALL, fez carreira na B2W, no Site Blindado, sempre com uma meta de crescimento contínuo. Após o Site Blindado, estabeleceu sociedade com um outro egresso da Ebape e hoje é diretor de operações da Narciso Enxovais, segundo pesquisa do IBOPE de 2016, a companhia é o maior top of mind de cama, mesa e banho do Brasil, com lojas, apenas, no Nordeste.

 

Felipe Campos, também egresso EBAPE (turma de 2003), natural de Rondônia, veio para o Rio de Janeiro prestar vestibular para a EBAPE, mas não tinha clareza do que realmente queria, pois vinha de uma cidade pequena, não tinha noção do mercado e não sabia como projetar sua carreira. Aos poucos Felipe foi se identificando com o curso e começou a estagiar na FGV Junior,  ainda com uma estrutura básica. Depois de algum tempo estagiou no Núcleo de turismo da FGV (realizava levantamento de dados do mercado de turismo, de outros países, para que o Ministério do Turismo pudesse colocar em prática estratégias para alavancar o turismo no Brasil), estagiou na Petrobras, na área de estratégia internacional, passou no processo seletivo para estagiário na área de marketing da Coca-Cola e foi nessa companhia que começou a sua carreira e renovou seu olhar para o mercado, o que lhe permitiu fazer escolhas conscientes do que queria fazer profissionalmente, pois até então estava sendo levado pelas oportunidades.

 

Já como trainee na Coca-Cola, Felipe atuou com criação de marcas, produtos, conceitos e planejamento, mas em determinado momento começou a se questionar sobre algumas etapas mais demoradas, do programa de trainee, para alavancar sua carreira e, então, decidiu sair da instituição e realizou Mestrado em Sociologia e Comunicação – Análise Sócio Cultural da Comunicação e do Conhecimento da Universidade Computense de  Madrid, a partir de então sentiu suas críticas com o mercado reduzirem e ampliou sua visão de marketing. Ao retornar para o Brasil, começou a trabalhar na Natura, uma empresa mais alinhada à área de sustentabilidade, tema relevante para ele, mas novamente sentiu necessidade de ampliar sua atuação e buscou oportunidades em consultorias, atuou na Futurebrand (consultoria de branding), na NBS agência off-line e FLAGCX (agência digital). Conquistou algumas posições na área, onde trabalhou com pesquisa, marcas, branding e lidava com desafios a todo momento até que foi para a SpringPoint (uma empresa com características mais de rede) e a partir desta experiência, surgiu a motivação para abrir sua própria empresa, a Wondeboom – Consultoria criativa que atua com pesquisas e branding e atende desde grandes companhias, como a Coca-Cola até clientes de médio porte.

 

Os três egressos foram unânimes em reforçar que, ao se formar, o aluno sai com um sobrenome de peso – FGV EBAPE, pelo reconhecimento da instituição no mercado nacional e internacional – mas o aluno deve estar ciente de que ele precisa buscar opções para ter um diferencial entre os demais candidatos: participar de diretórios acadêmicos, pesquisar, questionar – tendo em mente que precisa se preparar para assumir responsabilidades, tomar decisões e buscar caminhos que o ajudem a fazer escolhas conscientes. O mercado de trabalho quer pessoas com atitude, então o melhor é desenvolvê-la ainda em sala de aula.

 

Ao final do evento, os egressos Marcela Batista e Felipe Campos lançaram um desafio para os alunos do 8º período: Apresentar, em sala de aula, no dia 17 de novembro, quais decisões tomariam se estivessem na posição profissional dos egressos, considerando duas situações reais vividas pelos Alumni!


A equipe Alumni EBAPE agradece a parceria e disponibilidade de nossos Alumni de voltarem à sala de aula para compartilhar suas histórias de carreira com jovens que, como eles, escolheram a Ebape para iniciar sua história de carreira!